Crônica :Pneu furado.
PNEU FURADO
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
"Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.
(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).
http://profrenatazborowski.blogspot.com.br/2011/08/aula-2-8-serie.html
1) O texto lido é uma crônica porque aborda um assunto do cotidiano com uma linguagem simples e descontraída . Crônica pode ser poética, reflexiva ou humorística. Em qual destas opções a crônica que você leu se caracteriza?
2) A crônica lida é também narrativa:
a) Quais são os personagens?
b) Onde acontece a história?
c) Qual o tempo de narração?
d) Qual o tipo de narrador?
3) Copie da crônica o trecho que explica porque um carro parou para o socorro.
4) O personagem que ajuda na troca do pneu pergunta pra moça o que houve? Por quê?
5) Levando em conta os valores estéticos de nossa sociedade, a cortesia e solidariedade do personagem são agravados por qual situação?
6) O cordial cidadão reconhece sua postura preconceituosa e machista? Justifique.
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
"Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.
(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).
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1) O texto lido é uma crônica porque aborda um assunto do cotidiano com uma linguagem simples e descontraída . Crônica pode ser poética, reflexiva ou humorística. Em qual destas opções a crônica que você leu se caracteriza?
2) A crônica lida é também narrativa:
a) Quais são os personagens?
b) Onde acontece a história?
c) Qual o tempo de narração?
d) Qual o tipo de narrador?
3) Copie da crônica o trecho que explica porque um carro parou para o socorro.
4) O personagem que ajuda na troca do pneu pergunta pra moça o que houve? Por quê?
5) Levando em conta os valores estéticos de nossa sociedade, a cortesia e solidariedade do personagem são agravados por qual situação?
6) O cordial cidadão reconhece sua postura preconceituosa e machista? Justifique.
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