TROVADORISMO










Trovadorismo foi um movimento poético e literário iniciado no século XI, no sul da França, na região da Provença. Nessa época as poesias eram feitas para serem cantadas ao som da flauta, viola ou alaúde.
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O que é Trovadorismo:

Trovadorismo foi um movimento poético eliterário iniciado no século XI, no sul da França, na região da Provença. Nessa época as poesias eram feitas para serem cantadas ao som da flauta, viola ou alaúde.
O trovador era o autor das composições. O cantor era chamado de jogral, e o menestrel era considerado superior ao jogral por ter mais instrução e habilidades artísticas, sabia tocar e cantar.
Os trovadores provençais eram considerados os melhores da época, o estilo foi imitado em toda a parte e se espalhou pela Europa. A maior parte dos trovadores tinham origem na nobreza.
Os textos poéticos do trovadorismo eram marcados por traços requintados da aristocracia e expressavam a veneração pela mulher. A principais manifestações literárias do trovadorismo foram a canção, a pastourelle e a sextina.
O trovadorismo atingiu o seu apogeu por volta de 1150 a 1170, na realeza de Provença e se espalhou pelo norte da França e Itália.

Trovadorismo em Portugal

O trovadorismo teve em Portugal o seu centro irradiador na Península Ibérica.Os Cancioneiros são os únicos documentos que reúnem características do trovadorismo. São coletâneas de cantigas com características variadas e escritas por diversos trovadores. São classificadas em: Cantigas de amigo, Cantigas de amor e Cantigas de escárnio e Cantigas e maldizer.
O ano de 1198 é a data provável da primeira composição literária conhecida ou Cantiga de Guaravaia, escrita pelo trovador Paio Soares de Taveirós, é assinalada como marco inicial da literatura portuguesa.
http://www.significados.com.br/trovadorismo/
A chamada “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga da Guarvaia”, do trovador Paio Soares de Taveirós é considerada a mais antiga composição poética documentada em língua portuguesa, a data de sua redação foi provavelmente 1189 ou 1198. Essas datas, no entanto, são motivos de muita discussão entre os filólogos que se dedicam a esses estudos, e há quem prefira dizer que o poema não pode ter sido feito antes de 1200. 

Além disso, o próprio texto ainda não foi definitivamente fixado, havendo variantes interpretativas que chegam a permitir ver no poema uma cantiga de amor ou uma cantiga de escárnio e maldizer. Somam-se a isso mais um motivo de dúvidas, sendo provável que o texto originalmente apresentasse uma terceira estrofe, hoje perdida. Há até uma hipótese recente que contesta a autoria de Paio Soares de Taveirós, atribuindo a cantiga a Martim Soares. 

Ribeirinha
No mundo non me sei pareiha,
Mentre me for como me vai,
Ca já moiro por vós – e ai!
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, dês aquel di’, ai!
Me foi a mim mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
D’haver eu por vós guarvaia,
Pois, eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vós houve nen hei
Valia d’ua Correa.

No mundo não conheço quem se compare
A mim enquanto eu viver como vivo,
Pois eu moro por vós – ai!
Pálida senhora de face rosada,
Quereis que eu vos retrate
Quando eu vos vi sem manto!
Infeliz o dia em que acordei,
Que então eu vos vi linda!
E, minha senhora, desde aquele dia, ai!
As coisas ficaram mal para mim,
E vós, filha de Dom Paio
Moniz, tendes a impressão de
Que eu possuo roupa luxuosa para vós,
Pois, eu, minha senhora, de presente
Nunca tive de vós nem terei
O mimo de uma correia.
(Paio Soares de Taveirós)

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/32033/cantiga-de-ribeirinha-literatura-portuguesa#ixzz32C6LCZWO

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